Segundo um destacado responsável norte-americano, existe um “acordo político” nesse sentido firmado em Bruxelas.
Segundo a fonte, citada pela AFP e que pediu para não ser identificada, a NATO (Organização do Tratado de Atlântico Norte) já chegou a um “acordo político” para assumir o comando das operações decorrentes da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Acrescentou que terá ainda de ser aprovado “um plano operacional”, o que deverá ser feito durante este fim-de-semana, mas a questão principal é o acordo político, já alcançado.
Anteriormente, o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, tinha afirmado que a organização passava a comandar as operações de vigilância na zona de exclusão aérea sobre a Líbia, mas o resto da intervenção, nomeadamente os bombardeamentos, continuava nas mãos da coligação.
O responsável da organização aliada disse ainda que os 28 Estados-membros concordaram em actuar para proteger a população civil líbia dos ataques das forças do líder líbio, Muammar Kadhafi.
A decisão foi anunciada após seis dias de negociações, que foram quarta-feira ultrapassadas depois de a Turquia, o único país muçulmano da Aliança, ter aceite o apoio ao plano em troca de algumas “cedências” que não foram reveladas.
Em paralelo, um alto responsável dos Estados Unidos disse à agência France Presse (AFP) que os Emirados Árabes Unidos vão contribuir com 12 aviões de combate (seis F-16 e seis Mirage) nas operações de combate na Líbia.
Enquanto isso, raides da coligação internacional provocaram cerca de 100 mortos entre os civis na Líbia desde o início da ofensiva no sábado passado, indica um balanço anunciado por um porta-voz do Governo de Muammar Kadhafi.
“Não consigo fornecer os últimos números, mas temos a informação de 100 mortos”, declarou Moussa Ibrahim, entrevistado em Tripoli sobre o balanço dos mortos desde o início das operações da coligação na Líbia contra as posições das forças governementais.
Por seu lado, o Chefe do Estado-Maior francês, Edouard Guillaud, disse ontem, que as operações da coligação internacional na Líbia devem durar semanas, depois de um novo bombardeamento, executado por aviões britânicos, contra blindados que ameaçavam civis em Ajdabiya.