A gestação a mulher pode promover uma programação pré-natal da criança. A herança genética está presente, mas alguns factores durante a gestação podem acarretar anormalidades estruturais e funcionais que influenciarão o peso e o metabolismo do feto.
Os principais factores estudados são três, nomeadamente a desnutrição da mãe, excesso de peso materno e o tabagismo durante a gestação. A influência da desnutrição ficou bem demonstrada na análise retrospectiva dos indivíduos, cujas mães passavam fome durante o primeiro e segundo trimestres de gestação em campos de concentração. A chance de desenvolver obesidade na vida adulta foi 94 porcento maior do que o grupo de indivíduos que não sofreu desnutrição materna.
Devemos lembrar que o primeiro ambiente saudável para o bebê é a mãe. Engordar muito durante a gestação pode ser pior para o bebé do que já ser uma mulher obesa que inicia uma gestação. A mulher que ganha muito peso durante a gestação, provavelmente passa algum neuro hormônio (que não se conhecem ainda), o que sinaliza para o hipotálamo da criança que deve armazenar mais gordura.
Mulheres diabéticas também são um factor de risco para obesidade infantil e para o desenvolvimento de diabetes na idade adulta. A hipoglicemia da mãe pode estimular muito o pâncreas da criança a secretar maiores quantidades de insulina, o que promove maior formação de células adiposas.
Apesar de ser bastante divulgado que o tabagismo materno na gestação pode aumentar a chance do parto prematuro e o nascimento de bebés com baixo peso, algumas mulheres não abandonam este hábito. Se esse for o seu caso, cara leitora, aconselhamos a observar um período de defeso , pelo menos durante o periodo de gestação. Não custa nada. É só pensar no seu bebé.